Traição e Falsos Amigos Amizade, Amor e Família

São muito abundantes as referências à traição presente na amizade. Há muitas afirmações denunciando os falsos amigos: "Sustento como uma fato que se todos os homens soubessem o que os outros dizem, não haveria mais do que quatro amigos no mundo". (Pascal)

"Os nossos amigos são o nosso inimigo." (Pierre Jean de Béranger)

Mas será que a amizade é assim tão traiçoeira e a realidade tão negativa quanto á retratada por Pascal e Béranger?

As traições e falsos amigos existem, obviamente. Não é isto que está em causa. Mas temos que reconhecer igualmente que há muitas razões que podem acabar ou diminuir uma amizade, sem que isso haja propriamente traição. Nem sempre as palavras de S. Jêronimo a propósito do fim da amizade - A amizade que pode cessar nunca foi substancial - são verdadeiras.

Mudamos as nossas ideias, os nossos gostos, os nossos interesses mudam. E isso pode também levar a que hajam amizades que se percam. As palavras de Pascal, sobre o amor, e o seu fim. também se podem aplicar á amizade:

"Ele não ama mais a pessoa que amou há dez anos. acredito piamente nisso. Ela não é a mesma, e tão pouco ele o é. ela era jovem e ele também. (...) Talvez ele ainda a pudesse amar, se ela fosse como antes."

Por outro lado, há também a incompatibilidade entre os nossos espaços familiares e a amizade. quando os primeiros crescem, a amizade ou certas amizades, podem ser profundamente atingidas. É, no fim das contas, o que diz Aristóteles a propósito da amizade e da multiplicação da mesma:

"Aquele que é amigo de toda a gente, não é amigos de ninguém." É uma fatalidade. Não podemos multiplicar nossas amizades. Nem podemos multiplicar os nossos amores. O tempo de que sispomos são escassos para alimentar muitas amizades e amores. O que dedicamos a uns, falta a outros, inviabiliza-os.

Fonte: www.loveessaysbook.com

Aluna: Taune Caetano da Silva

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